segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Identidade complexo de se definir, fácil de compreender.

Para Berger, Luckmann (1985, p. 176) “a identidade é objetivamente definida como localização em um certo mundo e só pode ser subjetivamente apropriada juntamente com este mundo. Dito de outra maneira, todas as identificações realizam-se em horizonte que implicam em um mundo social específico”.

Para Maffeoli (1987, apud BARRETO, 2000, p. 46) “O conceito de identidade implica no sentimento de pertença a uma comunidade imaginada cujos os membros não se conhecem, mas partilham importantes referências comuns: uma mesma história, uma mesma tradição”.

Para Hall, Silva, Woodward (2000, p. 9) “A identidade é marcada pela diferença”.

Compreende, então, que Identidade é tudo aquilo que pode representar um determinado grupo. O que o pertence desde a sua construção histórica a formação cultural. Podendo ser elo de ligação entre os membros que a possuem e produzem.

Aponta-se que as Identidades são adquiridas e transformadas pelas diferenças entre os indivíduos. Pois só faz parte daquele grupo quem apresenta características específicas que formam um mundo específico. Assim as diferenças ajudam na formação de sociedades com identidades diferentes. Mas porque ela pode ser adquirida e transformadas?

Berger, Lukmann (1985) apontam que Identidade nasce da socialização do indivíduo, já que para eles o mesmo não nasce membro de uma sociedade, nasce com predisposição para sociabilidade. E esta socialização acontece em dois momentos com o que chamam de socialização primária e socialização secundária. A primária é quando o indivíduo ainda criança absorve significados de outros, sendo esta identidade característica dos outros. A secundária é a interiorização de submundos, o conhecimento de funções específicas.

A transformação ocorre porque a sociedade é dialética, dinâmica. A todo momento passa por transformações que influenciam direta e indiretamente a Identidade das sociedades existentes. Um exemplo disso é a globalização citada por Hall, Silva, Woodward (2000) que pode distanciar a identidade das origens ou ser elemento de resistência, afirmação da identidade.

Os símbolos são representações da identidade, segundo Hall, Silva, Woodward (2000, p. 14):

A identidade é, na verdade, relacional, e a diferença é estabelecida por uma marcação simbólica relativamente a outras identidades (na afirmação de identidades nacionais, por exemplo, os sistemas representacionais que marcam a diferença podem incluir um uniforme, uma bandeira nacional ou mesmo os cigarros que são fumados (...) A representação inclui as práticas de significação e os sistemas simbólicos por meio dos quais os significados são produzidos, posicionando-nos como sujeito. È por meio dos significados produzidos pelas representações que damos sentido a nossa experiência e aquilo que somos (...) A representação, compreendida como um processo cultural, estabelece identidades individuais e coletivas e os sistemas simbólicos nos quais ela se baseia fornece possíveis respostas: Quem eu sou? O que poderia ser? Quem quero ser?



Os símbolos caracterizam o que são? Que processo cultural pertencem? As características individuais e/ou coletivas. Eles são elementos de identificação. Com ele o indivíduo se apresenta conforme se assemelha, diferenciando dos outros grupos sociais.

Discuti-se maneiras, técnicas de conservação de identidades. Já que por essas transformações, autores apontam que a identidade, em algumas sociedades, tá passando por momentos de crise. Crise que para Berger, Luckmann (1985) parte muito do contato com o diferente.

Saber que identidade pertence é reconhecer a si mesmo quanto indivíduo. Buscar diferenças que o mais especificam a determinado grupo. Semelhanças simbólicas que representam o que se acredita, objetiva e pertence. Identidade nada mais é do que responder a uma única pergunta: O que eu sou?

Sabendo quem é, se chega na busca de conservar as qualidades e melhorar os defeitos. Pois se acredita que o indivíduo dificilmente é conformado consigo mesmo. E como o mesmo não vive isolado sofre e gera influencia a outros. Identidade é algo complexo de se definir, mas fácil de compreender.

domingo, 13 de junho de 2010

Pesquisa "IDENTIFICAÇÃO E LEVANTAMENTO HISTÓRICO-CULTURAL DO MUNICÍPIO DE CURUÇÁ, PA, POR MEIO DA MEMÓRIA DOS ATORES SOCIAIS ENVOLVIDOS NO MANGUEZAL"

                                                    Entrevistados da pesquisa.


RESUMO EXPANDIDO


O Município de Curuçá, localizado a 134 km da capital do Pará é uma das principais cidades da região do Salgado Paraense, segundo Cunha (2007). Cercada por rios e por mangues que diretamente influenciam na formação histórica da cidade e nas manifestações culturais. Distribuída por um núcleo urbano e mais 54 comunidades interioranas, Curuçá apresenta uma vasta riqueza no que se refere em história e cultura. A pesquisa abordada tem como objetivo registrar as manifestações históricas e culturais do Município de Curuçá, PA, no ambiente do manguezal, para compor o acervo imaterial do Ecomuseu do Mangue e como valorização da cultura. Desta forma, a mesma foi sendo executada em soma de referências bibliográficas e os relatos da comunidade curuçaense. Em viagens de campo à Curuçá foram realizadas 23 entrevistas de história de vida. Em conhecimento do território vasto foi sendo obtidos os relatos de comunidades próximas aos rios: Curuçá, Mocajuba e Muriá. Sendo visitadas 9 comunidades: Arapiranga, Beira- Mar, Candeua, Iririteua, Murajá, Mutucal, Nazaré do Mocajuba, Pedras Grandes e Piquiateua. Ocorreu também o resgate de materiais que representam a história dos atores sociais envolvidos no manguezal. Os personagens relataram experiências próprias e doaram objetos que contribuirá na construção do Ecomuseu do Mangue. Como resultado foi detectado que o Município apresenta homegenidade em relação aos recursos naturais, em especial, o bioma de mangue. A cultura popular na cidade e nas comunidades pertencente ao lugar é rica. Um potencial turístico e a atividade da pesca pode se tornar rentável, se for bem desenvolvida. A formação de um Ecomuseu, em especial o Ecomuseu do Mangue, é uma alternativa apontada para registrar, divulgar e persistir as manifestações histórico-culturais apresentadas no Município. Pois Ecomuseus procuram qualidade de vida da comunidade, por meio do reconhecimento da mesma como patrimônio imaterial e o interesse no patrimônio material, dentro do território onde atuam. Desta forma iria contribuir ainda no desenvolvimento da atividade turística, área de grande potencial, o que seria uma alternativa de renda para as comunidades. Segundo Barreto (2000) “a recuperação da memória leva ao conhecimento do patrimônio e este, à sua valorização por parte dos próprios habitantes locais”. Então se entende que a pesquisa teve a importância de resgatar a memória local e identificar esta como patrimônio levando a valorização de seus pertencentes. Assim a memória está diretamente ligada ao projeto de implantação do Ecomuseu, pois ela ajudará na valorização do Eu.

Palavras chaves: Município de Curuçá- PA, história-cultura, Ecomuseu.

domingo, 30 de maio de 2010

Ética e Turismo.

Se há conhecimento que existem códigos de ética que regem o a atividade turística no mundo. O Código de Ética Profissional que se estende a todas as profissões no mercado, o que dever e o não dever dos profissionais. Destaque para o Código Mundial do Turismo que é destinado a governos, operadores turísticos, promotores, agentes de viagens, empregados e para os próprios turistas. Estes influenciam diretamente a atividade.


Desta forma, surgem alguns questionamentos: porque se preocupar tanto com a Ética no desenvolvimento do Turismo? Mas o Turismo não é um fenômeno, de mercado, positivo? O Turismo cresce ou desenvolve uma localidade?

O Turismo é apontado, por estudiosos da área, como um fenômeno de mercado, devido o crescimento desenfreado a nível mundial. A atividade turística em uma localidade é a solução de crescer economicamente e se desenvolver, política adotada pelos seus governantes.

Locais pequenos, como ilhas, estão adotando o turismo como a principal economia da comunidade, pois acreditam que devido seus potenciais turísticos a localidade trabalhando com a atividade tem grandes chances de se desenvolver.

O problema da questão não está no Turismo em si, está na forma como está sendo conduzido o Turismo. Governantes, profissionais atuantes, em muitos casos, priorizam apenas na exploração e não na preservação. Exploração no meio ambiente, da comunidade e dos patrimônios materiais e imateriais de uma localidade.

Adotar a atividade turística desta maneira é ser um elemento devastador de uma comunidade. Desta forma retornamos a pergunta a cima: : Porque se preocupar tanto com a Ética no desenvolvimento do Turismo? Justamente para que o Turismo não seja um elemento devastador e sim um elemento de transformação.

O que um turista procura ao visitar um lugar? O mesmo viaja com o intuito de interagir com o meio e a comunidade local, ou seja, o patrimônio material e imaterial de uma localidade. Além do conforto de sua hospedagem e a boa refeição em bares e restaurantes locais.

Assim, o Turismo não pode ser elemento de destruição e sim um instrumento de preservação, valorização de um lugar. É o que Krippendorf (ano, apud. Nome do autor, ano), afirma, “O desenvolvimento do turismo não pode ser um propósito em si mesmo. Ele deve ser um meio para se realizar objetivos superiores, de ordem econômica, social, dentre outras”.

Fazer Turismo de forma ética é preservar o que a localidade apresenta, seja de maneira material ou imaterial. A localidade não pode estar excessivamente dependente do turismo, e sim o turismo deve estar dependente excessivamente da localidade. Acredita-se assim que os potenciais turísticos devem está primeiro à favor daqueles que o têm, para depois está a favor de terceiros, como, empreendedores e turistas.

Esta afirmativa é justificada pelo Código Mundial de Turismo, que aborda assim, “Contribuição do Turismo para a compreensão e o respeito mútuo entre homens e sociedades”.

Com esta preocupação surge uma nova linha de pensamento e ações no Turismo, que é o chamado Ecoturismo, segundo a Empresa Brasileira de Turismo (EMBRATUR), Ecoturismo:



"É satisfazer o desejo que temos de estar em contato com a natureza, é explorar potencial turístico visando à conservação e desenvolvimento, é evitar o impacto negativo sobre a ecologia, a cultura e a este turismo desenvolvido em localidades com potencial ecológico, de forma conservacionista, procurando conciliar a exploração turística com o meio ambiente, harmonizando as ações com a natureza, bem como oferecer aos turistas um contato íntimo com os recursos naturais e culturais da região, buscando a formação de uma consciência ecológica.(EMBRATUR, 1991).



Ecoturismo é maneira, hoje, ética de desenvolver a atividade turística pois, utiliza recursos naturais e culturais de forma sustentável, oferece produtos de elevada qualidade aos visitantes, contribui para a distribuição justa dos benefícios econômicos gerados, possibilita o desenvolvimento de empreendimentos criados e gerenciados pelas próprias comunidades.

Portanto o Turismo antes visto como solução econômica para localidades, mas que acabava devastando de forma rápida nessas localidades. Hoje o fenômeno se for adotado de forma ética pode ser elemento de transformação de uma localidade.

Vale ressaltar que o Ecoturismo está adotado de forma lenta, mais com muito impulso em tempos atuais. Nem todos lugares pode-se verificar esta maneira de fazer turismo. Mas o importante é que a ética já está inserida na atividade turística. Sendo, hoje, muitos encontros, momentos de discussão dentro do Turismo. Resultado disso é o Ecoturismo.

sábado, 29 de maio de 2010

Museu, elemento de trasformação.

O mundo nas décadas de 60 e 70 se apresentava com fortes movimentos sociais. Na África lutava por descolonização e independência política. Nos Estados Unidos exigiam-se direitos cívicos. Na América Latina emergia as culturas vivas. E na Europa os movimentos questionavam terras, línguas e culturais locais.

Comunidades organizadas lutam por questões sociais, como: moradia, saneamento, cultura. Esses movimentos influenciaram na formação de novos conceitos sobre patrimônio e cultura viva. Desta forma a Museologia passa por transformação. Os encontros do Conselho Internacional de Museus (ICOM) em 72 e 84 foram decisivos para ações desenvolvidas em Museus. Surge a Museologia Social.

Museus passam a valorizar o indivíduo, as coleções (acervos materiais) deixam de ser o principal foco. Museus tornam-se eixo de discussões da comunidade, ou seja, a comunidade se apropria dos museus. A partir, de então:

"Os museus são casas que guardam e apresentam sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições que ganham corpo através de imagens, cores, sons e formas. Os museus são pontes, portas e janelas que ligam e desligam mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes." (Definição do Sistema Brasileiro de Museus).

Dentro dessas casas o homem está representado como a memória lhe permite. Memória que se torna história dentro do Museu. Acreditando nessa proposta do Programa Ponto de Memória do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) tem como objetivo que a comunidade se aproprie da sua memória, formando mais Museus pelo Brasil.


Museus estes que são elementos de transformação social. Porque atribui para si, na maioria das vezes, a responsabilidade política que é favorecer a sociedade, levando ao desenvolvimento da qualidade de vida. Nos novos Museus busca-se a sustentabilidade do meio a partir das relações da comunidade com a realidade. Estes fatores contribuem para o reconhecimento da cultura, preservação do meio e formação integral do indivíduo.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ponto de Memória: oportunidade de contar histórias.

Pontos de Memória: Pautado na gestão participativa e no protagonismo comunitário, o Programa apoia o empoderamento social daqueles grupos que ainda não tiveram a oportunidade de contar suas histórias e memórias através dos museus, incentivando a apropriação destes equipamentos pelas comunidades, de forma que se sintam representadas e valorizem a identidade local. É resultado de parceria do Ibram com o Programa Mais Cultura e Cultura Viva, do Ministério da Cultura, com o Programa Nacional de Segurança com Cidadania – Pronasci, do Ministério da Justiça e com a Organização dos Estados Ibero-americanos – OEI. Além da cidade de Belém – PA, o Programa vem apoiando ações de memória nas cidades de Belo Horizonte – MG, Brasília – DF, Curitiba – PR, Fortaleza – CE, Maceió – AL, Porto Alegre – RS, Recife – PE, Rio de Janeiro, Salvador – BA, São Paulo – SP.    (FONTE: IBRAM).

Em Belém o Bairro da Terra Firme foi contemplado com este projeto. Um bairro marcado pela violência nas grandes cidades, mas um bairro marcado por lutas populares. O Ponto de Memória é uma oportunidade de chamar a atenção para o bairro no que diz respeito a cultura e  história não ficando em torno da problemáticas da violência.
Eliete Santana (a famosa Nerci), vice-presidente do Conselho Gestor do Ponto de Memória do Bairro da Terra Firme aponta que orgulho de morar no bairro não é só seu, mas da maioria dos moradores. Para ela, o Ponto é uma oportunidade de explorar o que o bairro tem de melhor, pois afirma que o Bairro da Terra Firme é um bairro impar, um bairro de luta, coragem e união.
Um Ponto de Memória é incentivo para que a memória de um lugar, de um povo, de uma comunidade não fique apenas na memória. Incentivo para que esta memória se transforme em história. Esse é o objetivo do Bairro da Terra Firme em Belém- Pa, que a memória daquele bairro se extenda por longos anos e que a comunidade se aproprie da sua memória fazendo dela um instrumento de valorização da sua identidade, ou seja, a valorização do Eu.
O Bairro da Terra Firme almeja que este ponto um dia se transforme em um Museu Comunitário. Museu este que registrará e divulgará toda uma história construída ao longo desses anos.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Ecomuseu: valorização das atividades tradicionais - Município de Curuçá - Pa.

Peixe e Farinha: alimento e renda para a comunidade de Curuçá.
Fotos: QUADROS, MOURA, 2009.

A economia do Município de Curuçá é voltada para atividades pesqueiras e agrícolas. Todos Curuçaenses de uma maneira ou de outra tem uma ligação com essas atividades. O peixe além de ser uma fonte de renda para muitas famílias, também é o alimento que não pode faltar na mesa de um curuçaense nato. A farinha sempre acompanha o prato principal, substituindo muitas vezes o arroz e o feijão. Muitos comunitários preferem apenas só a farinha com peixe, já que eles afirmam que é o que mais alimenta.

“para mim farinha e o peixe, carne eu não sou muito a chegada, eu como com arroz dou 10 minutos pra eu ficar com fome de novo, mas antes eu comer com farinha mesmo, coloco no prato com arroz, e feijão te dou 10 minutos pra eu ficar com fome, eu prefiro comer com a farinha, é tudo com farinha”. (Raimunda Costa, 61 anos, agricultora, moradora da Comunidade do Caju).

Valorizar a cultura dos pescadores e desenvolver a economia de pesca, preservar cientificamente e interpretar através de seus usuários e seus visitantes o ecossistema do mangue, são propostas iniciais de uma futura implantação de um Ecomuseu no Município de Curuçá. Pois, Ecomuseus são alternativas de valorização de atividades tradicionais e área de discussão de como estas podem permanecer em tempos atuais, com qualidade de vida de seus atores socias envolvidos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Identidade, diversas

A cima fotos de Curuçá, a baixo Comunidade da Terra Firme e parceiros.


Para Maffeoli (1987, apud BARRETO, 2000, p. 46) “O conceito de identidade implica no sentimento de pertença a uma comunidade imaginada cujos os membros não se conhecem, mas partilham importantes referências comuns: uma mesma história, uma mesma tradição”. Identidade que está sendo foco de discussão no Município de Curuçá - PA e no Bairro da Terra Firme/ Belém - PA. Em Curuçá, há dois anos, a pesquisa "Identificação e Levantamento histórico-cultural do Município de Curuçá, por meio dos atores sociais envolvidos no ambiente de manguezal", aponta os Curuçaenses como indivíduos que surgiram da miscigenação de três grupos sociais desencadeando em hábitos e costumes múltiplos como trabalhar de forma européia, comer de forma indígena e dança de forma negra, por exemplo. A religiosidade ensinada por frades jesuítas influenciam diretamente nas danças e ritmos em que índios e negros transmitiram a gerações futuras. Lendas e contos que são introduzidas no dia-a-dia para dar respostas a problemas não concluídos. E no Bairro da Terra Firme, há 25 anos, o Projeto Museu Goeldi leva Educação em Ciência à Comunidade, que em 2010 em parceria com Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM, identificam uma comunidade humilde que luta pela qualidade de vida dentro de um centro urbano, Belém, na região amazônica. Um identidade forte, de luta e perseverança que, hoje, contemplados com um Ponto de Memória, objetivam utilizar deste como instrumento de desenvolvimento social. . Identidade que identifica, em ambos, um legado cultural forte  que desperta o interesse popular em preservar e divulgar o que possui, mas o mais importante é o interesse dos comunitários em reconhecer o pertencimento, ou seja, identificar como a sua identidade.