Em 6 de outubro de 1866 foi criada a Associação Philomática, iniciativa de Domingos Soares Ferreira Penna (Mineiro, autodidata, jornalista e naturalista. Chegou a Belém em 8 de setembro de 1858) que mais tarde tornara-se o Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG. O zoólogo suíço Emílio Augusto Goeldi, o qual dá nome a instituição, em 1985 liderou uma produtiva equipe de cientistas e técnicos aumentando e preservando acervos em torno da fauna e da flora da região amazônica. O Museu passou a ser espaço, também, de atividades de extensão e difusão científica – culturais principalmente, após a criação do Parque Zoobotânico em 1985.
O Museu Paraense Emílio Goeldi está vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia – MCT, é uma instituição científica reconhecida nacional e internacionalmente, segundo Quadros (2006). Desenvolve estudos e pesquisas nas áreas científicas: Botânica, Zoologia, Ciências Humanas, Ciências da Terra e Ecologia. Espaço de estudos de pesquisadores de diferentes nacionalidades. O Museu Goeldi apresenta três bases científicas: o Parque Zoobotânico, o Campus de Pesquisa e a Estação Científica Ferreira Penna ². De acordo com Quadros (2006, p. 3):
“sua missão é produzir e difundir conhecimentos e acervos sobre sistemas naturais e socioculturais relacionados à Amazônia, assim como, catalogar e analisar a diversidade biológica e sociocultural da Região Amazônica. Levando suas pesquisas ao conhecimento do público, contribui para a formação da memória cultural e para o desenvolvimento regional”.
O Parque Zoobotânico, segundo Bastos (2011), expõe uma vegetação representativa da flora amazônica, composta de 3000 espécimes, distribuídas em 64 famílias e 300 espécies entre elas o Pau-Rosa, Samaúma e Mogno. O Campus de Pesquisa concentra as Coordenações de Botânica, Zoologia, Ciências Humanas, Ciências da Terra e Ecologia, Informação e Documentação, Planejamento, além dos laboratórios institucionais. A Base científica do Museu Goeldi localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã no Município de Melgaço – PA, possui cerca de 33 mil hectares, destina-se a estudos científicos de longo prazo e a formação de recurso humano, visando contribuir para um melhor conhecimento dos ecossistemas tropicais e de seu uso pelas populações regionais.
De acordo com Bastos (2011) “foi requerido através, da Rede Brasileira de Jardins Botânicos, o registro do Museu Goeldi como Jardim botânico, e a partir de 2003, quando o registro foi concedido, atua desenvolvendo os objetivos de um Jardim Botânico designados pelo CONAMA”. Uma vez que o Museu Paraense Emílio Goeldi
se enquadra na resolução do CONAMA com as funções de Jardim Botânico: 1) - promover a pesquisa, a conservação, a preservação, a educação ambiental e o lazer compatível com a finalidade de difundir o valor multicultural das plantas e sua utilização sustentável; 2) - proteger, inclusive por meio de tecnologia apropriada de cultivos, espécies silvestres, ou raras, ou ameaçadas de extinção, especialmente no âmbito local e regional, bem como resguardar espécies econômica e ecologicamente importantes para a restauração ou reabilitação de ecossistemas; 3) - manter bancos de germoplasma “ex-situ” e reservas genéticas “in situ”; 4) - realizar, de forma sistemática e organizada, registros e documentação de plantas, referentes ao acervo vegetal, visando plena utilização para conservação e preservação da natureza, para pesquisa científica e educação; 5) - promover intercâmbio científico, técnico e cultural com entidades e órgãos nacionais e estrangeiros e 6) - estimular e promover a capacitação de recursos humanos. Desta forma, o Museu Goeldi é um dos Jardins Botânicos cadastrados na RBJB.