O mundo nas décadas de 60 e 70 se apresentava com fortes movimentos sociais. Na África lutava por descolonização e independência política. Nos Estados Unidos exigiam-se direitos cívicos. Na América Latina emergia as culturas vivas. E na Europa os movimentos questionavam terras, línguas e culturais locais.
Comunidades organizadas lutam por questões sociais, como: moradia, saneamento, cultura. Esses movimentos influenciaram na formação de novos conceitos sobre patrimônio e cultura viva. Desta forma a Museologia passa por transformação. Os encontros do Conselho Internacional de Museus (ICOM) em 72 e 84 foram decisivos para ações desenvolvidas em Museus. Surge a Museologia Social.
Museus passam a valorizar o indivíduo, as coleções (acervos materiais) deixam de ser o principal foco. Museus tornam-se eixo de discussões da comunidade, ou seja, a comunidade se apropria dos museus. A partir, de então:
"Os museus são casas que guardam e apresentam sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições que ganham corpo através de imagens, cores, sons e formas. Os museus são pontes, portas e janelas que ligam e desligam mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes." (Definição do Sistema Brasileiro de Museus).
Dentro dessas casas o homem está representado como a memória lhe permite. Memória que se torna história dentro do Museu. Acreditando nessa proposta do Programa Ponto de Memória do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) tem como objetivo que a comunidade se aproprie da sua memória, formando mais Museus pelo Brasil.
Museus estes que são elementos de transformação social. Porque atribui para si, na maioria das vezes, a responsabilidade política que é favorecer a sociedade, levando ao desenvolvimento da qualidade de vida. Nos novos Museus busca-se a sustentabilidade do meio a partir das relações da comunidade com a realidade. Estes fatores contribuem para o reconhecimento da cultura, preservação do meio e formação integral do indivíduo.
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